Emily Dickinson : «Eu senti um funeral no meu cérebro», e eu poderia acrescentar, como Mlle de Lespinasse «em todos os instantes da minha vida».
Funerais perpétuos do espírito.
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Há meses, eu vivo todos os meus momentos de angústia na companhia de Emily Dickinson.
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Eu daria todos os poetas por Emily Dickinson.
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Deus, «our old neighbour» [nosso velho vizinho], como o chama Emily Dickinson.
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Só conheço duas definições da poesia: a dos antigos mexicanos: «O vento que vem dos deuses»…
e a de Emily Dickinson (aí onde ela reconhece a verdadeira poesia como aquela que a invade com um frio tão glacial que ela sente que nada jamais tornaria a aquecê-la). (Reencontrar a passagem.)
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Todos os que vão no sentido da vida possuem uma capacidade infinita de esquecimento; e os que não podem esquecer, os ansiosos, os elegíacos, deslizam à força para o lado da morte.
«Who has not found the heaven below
Will fail of it above.»
O céu é a recompensa daqueles que já o encontraram aqui embaixo.
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Eu sonho com um sistema filosófico formulado com atalhos à la Emily Dickinson.
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Reli alguns poemas de Emily Dickinson. Comovido até as lágrimas. Tudo o que emana dela tem a propriedade de me perturbar.
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«A natureza é uma casa assombrada, mas a arte é uma casa que tenta ser assombrada.» (Emily Dickinson)